sábado, 25 de julho de 2009

América "Latrina"

Democracia é um termo de difícil compreensão, e aplicação, em alguns pontos remotos do planeta: na África, ditaduras que se instalaram sob patrocínio de governos e corporações mercantilistas europeus, expõem seus povos à fome, à barbárie, amealham fortunas de bilhões de dólares às custas da expropriação das riquezas de seus países. Na Asia, temos a China com seu modelo híbrido de ditadura comunista e economia de mercado. Ali o caldeirão vai explodir com consequências ainda nebulosas para todos nós. Até onde conseguirá a "mão de ferro" chinesa segurar o ímpeto de bilhões de habitantes ávidos em adentrar no séc XXI? A internet tem sido a grande "Caixa de Pandora" dos chineses e, dentro em breve, o país não mais conseguirá crescer às taxas das últimas décadas na medida em que seu mercado interno é limitado pela censura oficial e fortalecem-se leis anti-dumping contra a indústria predatória chinesa. Países como Afeganistão ainda encontram-se afundados em disputas tribais, economicamente em frangalhos (boa parte do PIB oriunda do cultivo da papoula, matéria prima da heroína), e servem de refúgio para talibãs e terroristas da Al Qaeda. No Oriente Médio, estados fundamentalistas como Siria e Irã confundem política e religião, numa fogueira incendiária que tem origem na criação do Estado de Israel, em 1948 (com o apoio incondicional americano) e o consequente apoio à causa palestina. Some-se a isso tudo os interesses comerciais sobre as reservas de petróleo da região e temos um cenário obscuro e indefinido para aqueles pedaços áridos de terra.
E a América Latina?
Bem, por aqui não temos talibãs, nem disputas tribais, nem bombas nucleares, nem estados muçulmanos.
Em compensação...
Temos visto a ascenção de lideranças esquerdistas, levadas ao poder com aquele discursinho surrado "contra tudo isso que está aí", "contra o impéio americano", e por aí vai. São governos eleitos no rastro do fracasso dos seus antecessores, na onda "re-democratizante" que tomou conta da América Latina a partir dos anos 80, quando caíram as últimas ditaduras militares da região. O que aconteceu então? Entra uma turma civil da pior qualidade (Sarney, ACM, Maluf, só pra citar alguns exemplos domésticos), comprometida com as práticas corruptas e clientelistas que levaram seus países a hiperinflação e a bancarrota.
Vendo o cenário político da AL atual, com Evo Morales, Eduardo Correa, esse Zelaya (tremendo fanfarrão), Raul Castro, Fernando Lugo (o padre pulador de cerca), Lula, Hugo Chaves, entre outras "feras", o sentimento que me toma é de vergonha, por fazer parte dessa gentalha, do "socialismo do sec XXI". Abro um parênteses aqui para o Chile, o único país sensato deste continente, que não caiu na armadilha populista. O Brasil até que tenta se manter numa posição mais "vaselina"; ao mesmo tempo Lula é "o cara" do Obama, mas volta e meia faz um chamego nos "Ahmadinejads" da vida. Já o resto nem tenta disfarçar: sob um discurso "revolucionário bolivariano", caçam liberdades, apropriam-se da terra alheia "na mão grande", desrespeitam contratos, perseguem a imprensa independente e vão, aos poucos, anulando a oposição, inchando a máquina pública com a rapaziada "do partido" (mandando pra p#$% que p&*%$ a responsabilidade fiscal) e financiando os tais "movimentos sociais" com grana e, quem sabe, armas e drogas. É a compra oficial da consciência de uma nação.
São todos uns merdas, hipócritas, indolentes, recalcados, "coronéis" de seus redutos, que têm apenas única e exclusivamente uma coisa na cabeça: instalarem-se e perpetuarem-se no poder.

Um comentário:

  1. MULATO,

    MUITO BEM ESCRITO. SUAS OBSERVAÇÕES SÃO LÚCIDAS, PERTINENTES E OPORTUNAS. PARABÉNS!
    UM BEIJO SUPER ORGULHOSO.

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